04/10/2012
Protesto de funcionários em defesa do Hospital Universitário Antônio Pedro
Por Priscila Marques
Ato foi contra a suposta privatização da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Professores e universitários da unidade temem queda na qualidade do ensino
Foto: Júlio Silva |
Uma manifestação, na manhã da última quarta-feira (03/10/2012) reuniu estudantes, professores e médicos do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) em frente à instituição, no "Dia Nacional de Luta contra a Privatização dos Hospitais Universitários". Segundo o grupo, sua luta seria contra a suposta entrega da unidade à administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
“Privatizar nosso hospital é inconstitucional. Os usuários serão prejudicados”, adverte Anna Amélia Rios, médica e professora universitária.
Para os manifestantes, não só os pacientes serão prejudicados com a suposta privatização, como também os alunos e professores universitários.
“Nós perdemos o poder de decisão sobre o ensino, os projetos de pesquisas, nossa autonomia como professores. Os alunos, por sua vez, não vão aprender como realmente seria o ideal e o ensino universitário público vai ficar desacreditado”, argumentou Wladimir Tadeu Baptista, médico e professor de Clínica Médica.
Não só os representantes do corpo universitário estavam insatisfeitos. Maria Rosa, que é paciente há mais de 20 anos do hospital, também protestou:
“Desde que cheguei em Niteroi sou atendida aqui. Faço meus tratamentos de rotina e tenho medo que isso venha a mudar”, disse a dona-de-casa.
Público – A Ebserh explicou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a mesma se trata de uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Educação, constituída por recursos públicos e submetida ao controle dos órgãos públicos. E que a Lei nº 12.550/2011, que determinou sua criação, assegura que as atividades de prestação de serviços de assistência a saúde realizadas nos hospitais universitários federais permanecerão inseridas integral e exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e seguirão as orientações da Política Nacional de Saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde. A assessoria ainda afirma que seria errôneo se falar em privatização da saúde.
*Retirado do O Fluminense
**Enviado pela companheira Maria Inês Souza Bravo
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