De Sinditest por Bernardo Pilotto
Após a aprovação do PL 1749/11 que criou a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), cada Conselho Universitário de Universidade que tenha em sua estrutura um ou mais Hospital Universitário e de Ensino (HUE) tem que avaliar se vai aceitar ou não a EBSERH. Em todo o Brasil, os defensores da saúde enquanto um direito de todos e dever do Estado estão organizando lutas pela não-aprovação da EBSERH nos conselhos universitários.
Na discussão na UFMG, a Reitoria informou que a EBSERH, em 2012, deve ser um projeto piloto para até 5 HUE’s. Não é possível saber se esta informação é de fato verdadeira e quais serão os hospitais com este “projeto-piloto”.
Passamos aqui um relato das lutas que estão acontecendo, conforme informe sistematizado e enviado pela Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde.
UFMG:
No dia 14 de março de 2012, aconteceu votação no Conselho Universitário acerca da adesão a EBSERH. Houve ato público chamado pelo movimento estudantil e pelo SINDIFES-BH e, diante da intransigência da Reitoria em aceitar um tempo maior para o debate e pela desconsideração do Conselho acerca dos documentos enviados pelo SINDIFES-BH, cerca de 70 estudantes ocuparam a sala de reuniões do Conselho.
A Reitoria adotou então uma velha prática para fugir do debate: cancelou a reunião na sala ocupada e partiu para outro local, aprovando a adesão a EBSERH de forma melancólica, com voto favorável dos docentes e contrário por parte de técnico-administrativos e estudantes.
UFPB:
Até o momento, devido a uma conjuntura local que envolve eleições para Reitor, não há movimentação por parte da Reitoria e da direção do HULW (Hospital Universitário Lauro Wanderley) acerca da adesão a EBSERH.
Mas o Fórum Paraibano em Defesa do SUS e Contra as Privatizações, juntamente com a ADUFPB, SINTESPB e o movimento estudantil estão de olho, organizando debates para o mês de abril e mobilizando a sociedade. No dia 24 de abril haverá o seminário “Os HU’s na mira da privatização: assistência, ensino e extensão, com o fim dos HU’s, para onde irão?” e no dia 26 de abril um debate com os candidatos à Reitoria da UFPB com este tema.
UFRJ:
Até o momento, professores ligados a ADUFRJ, em conjunto com o DCE, tem articulado debates para pressionar o Conselho Universitário para a não-adesão à EBSERH. No Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, a Congregação se reuniu e votou uma moção contrária a EBSERH. Houve também manifestação contrária da Congregação da Escola de Enfermagem.
UNIRIO, UERJ e UFF:
Nestas universidades, já foram feitos debates organizados pelo Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, em conjunto com as associações docentes, sindicatos de técnico-administrativos e os DCE’s.
Outra luta importante no Rio de Janeiro é contra a transformação da FIOCRUZ numa empresa.
UFAL:
O Conselho Universitário da UFAL está debatendo o novo regimento do Hospital Universitário. Na votação sobre o regimento o Fórum Alagoano em Defesa do SUS conseguiu articular dentro do Conselho alguns apoiadores da luta contra a EBSERH, fortalecendo a trincheira contra a privatização do HU, única estrutura terciária do estado de Alagoas.
UFU:
Na Universidade Federal de Uberlândia, o CONSUNI já marcou reuniões para debater a aprovação a EBSERH. Quem está a frente da luta para a não implementação da empresa é o movimento estudantil, a partir de assembleias convocadas pelo DCE.
UFPR:
Em Curitiba, a luta está sendo articulada pelo SINDITEST, pelos centros acadêmicos, especialmente de enfermagem, medicina, biologia e psicologia, por coletivos estudantis e pela APUFPR-SSind. Em breve será publicado jornal informativo acerca do tema e alertando para a importância da defesa do HC-UFPR e da necessidade de o COUN não aprovar a EBSERH.
UFMA:
No dia 27 de março, houve aprovação do contrato com a EBSERH no Conselho de Administração do HU-UFMA. A aprovação foi feita sem o debate adequado e agora as entidades se mobilizam para rever tal votação e acumular forças para a decisão no âmbito do Conselho Universitário.
No dia 11 de abril, haverá audiência na Assembleia Legislativa com o tema saúde pública, onde será pautada a questão da EBSERH.
Fazem um temporal em um copo d´água, logo a maior vergonha do país é depender do atendimeto dos funcionários públicos. Se realmente não estão preocupados só com os seus salários, deveriam acabar com esses vagabundos de uma vez. Os hospitais deveriam seguir os hospitais privados, logo a EBServ só não serve para quem têm medo de ficar desempregado e não para quem precisa ser atendido em uma fila do SUS.
ResponderExcluirAcho que o colega Antonio está errado. A EBSERH veio para tiraar os leitos do SUS e colocar neles os pacientes dos convênios, como as UNIMEDES. Nos servidores já contratados não sofreremos nada, so as proximas contratações. Nós lutamos em defesa do SUS, publico e gratuito.Por melhor atendimento em todos os HUs.
ResponderExcluirA EBSERH É UM ENGÔDO DO GOVERNO PARA ARRECADAR MAIS R$ E COLOCAR A POPULAÇÃO CONTRA OS SERVIDORES...
ResponderExcluirTAL QUAL COMO QUANDO HOUVE A PRIVATIZAÇÃO DAS ESTRADAS FEDERAIS E COBRANÇA DE PEDÁGIO, ONDE AS EMPRESAS GANHARAM CONCESSÃO DE 20 ANOS PARA EXPLORAR COMERCIALMENTE O QUE JÁ HAVIA SIDO CONSTRUÍDO PELO GOVERNO, AS EMPRESAS NÃO CONSTRUÍRAM NADA, SÓ COMERCIALIZARAM E ARRECADARAM... AGORA O GOVERNO ATACA OS HOSPITAIS PÚBLICOS, LIGADOS AS UNIVERSIDADES. O GOVERNO FEDERAL "CRIA UMA EMPRESA", COM UMA VERBA DE 5 BILHÕES, COM A JUSTIFICATIVA DE ADMINISTRAR OS HOSPITAIS... NAS ENTRELINHAS O QUE ELE PRETENDE É COMERCIALIZAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS - JÁ CONSTRUÍDOS,EXISTENTES E FORMADORES DE CENTROS DE PESQUISA E ESTUDOS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS, COM OBJETIVO CLARO DE FAVORECER AS ENTIDADES PRIVADAS, AUMENTANDO SEU LASTRO DE ARRECADAÇÃO. ASSIM, TORNA-SE MUITO FÁCIL LUCRAR EM CIMA DO QUE ESTÁ PRONTO E QUE VEM FUNCIONANDO, QUE VEM OFERECENDO SERVIÇOS A SOCIEDADE COMUM, SENDO REFERÊNCIA A NÍVEL NACIONAL EM ESTUDOS E PESQUISAS MÉDICAS, E PRINCIPALMENTE NO ATENDIMENTO A PACIENTES DO SUS. VAMOS SER ESPERTOS E LER AS ENTRELINHAS DAS INTENÇÕES DESSE GOVERNO...
O Maranhão é um estado no qual ninguém está nem ai pra nada porque o reitor e seu considerados assinaram tal emeda aceitando a EBSERH e ninguém esta fazendo nada, as pessoas não estão vendo que a saúde pública esta sendo vendida e que se marca um consulta demora, imagine agora como será? Espero que as autoridades que escolhemos para nos representa possam fazer alguma coisa respeito disso, não aceitando de maneira alguns a venda do sus no Brasil e sim a criação de concursos públicos para melhorias no atendimento público. Não a EBSERH!!!
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