terça-feira, 17 de abril de 2012

Servidores e usuários do SUS realizam atos contra a privatização da saúde


Usuários e trabalhadores do SUS vão aproveitar a passagem do Dia Mundial de Saúde, comemorada oficialmente no último sábado (7), para realizar no decorrer desta semana uma série de atividades em defesa de um Sistema Único de Saúde estatal, com assistência universal, gratuita, de qualidade e integral. As atividades, que estão sendo organizadas pela Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, da qual o ANDES-SN faz parte, têm o objetivo de denunciar a privatização da saúde pública, especialmente por meio de organizações sociais e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa, lembra que em muitos locais a luta contra a Ebserh está sendo encaminhada pelos Fóruns contra a privatização da saúde, que reúne trabalhadores e usuários do SUS. Ela defende que as seções sindicais se unam a esses Fóruns e construam um movimento forte contra a Ebserh e por uma saúde realmente pública e de qualidade.

“A adesão das universidades a Ebserh precisa ser aprovada pelos Conselhos Universitários, portanto, não podemos deixar que ela seja aprovada. Para isso, temos o apoio da Frente e dos fóruns contra a privatização da saúde, já que a Ebserh vai contra o princípio do SUS 100% público”, defende.

Manifestações


No Rio de Janeiro, cerca de 2 mil pessoas participaram, na tarde desta terça-feira (10), de um grande ato público na Cinelândia. Para o membro do Conselho de Representantes da Associação dos Docentes da UFRJ (Adufrj), professor Walcyr de Oliveira Barros, a grande participação de militantes da saúde no ato demonstra a insatisfação dos trabalhadores da área com as políticas privatizantes do governo. “Com nossa mobilização já conseguimos barrar muitas barbaridades e a nossa expectativa é que consigamos sair vitoriosos no embate contra a Ebserh”, afirmou. Leia, aqui, manifesto que foi distribuído no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, as manifestações começaram no sábado (7), quando, às 10h, na Praça da Sé, foi realizada a malhação do Judas Gilberto Kassab. Mas, como bem argumentou o trabalhador e militante da saúde Paulo Spina, o Judas poderia ser o governo federal “que fez o corte do orçamento da saúde em beneficio do pagamento de juros da dívida para o mercado financeiro e quer entregar os hospitais universitários para a Ebserh”, além de ter “um ministro da saúde que desrespeita o controle social e investe dinheiro nas comunidades terapêuticas manicomiais.”

Os outros Judas, segundo Spina, são os grandes administradores das chamadas Organizações Sociais, que lucram com a saúde, quando ela deveria ser pública, estatal e de qualidade. O manifesto distribuído em São Paulo pode ser lido aqui.

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