quarta-feira, 30 de maio de 2012

Enterro simbólico denuncia caos no sistema saúde no Grajaú

Escrito por Rodrigo Gomes, da Redação
Qui, 24 de Maio de 2012


Movimento social, artistas, usuários e conselheiros gestores se reuniram nesta segunda-feira, 21, para se manifestar contra o caos no sistema público de saúde da região do Grajaú, extremo sul de São Paulo. O grupo ocupou o saguão da Estação Grajaú da CPTM e realizou um “enterro simbólico da saúde pública, sugada pelos vampiros das Organizações Sociais de Saúde (OSS)”. Do lado de fora, projeção de gravações feitas na porta de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da região, faixas, cartazes, panfletagem e conversas com usuários do sistema de saúde.

As reivindicações, organizadas pela Rede de Comunidades do Extremo Sul, dizem respeito, principalmente, ao número de Unidades Básicas de Saúde na região. Mas apontam também problemas mais complexos, como a inexistência de unidades para atendimento em saúde mental e a 'agenda fechada'. Ao buscar a UBS para marcar uma consulta, a pessoa recebe como resposta que não há agenda para determinada especialidade. De acordo com Gustavo Moura, 28 anos, da Rede Extremo Sul, “isso esconde a demanda. Muitas vezes só há um dia por mês para marcar consulta. Se as pessoas tivessem sua demanda registrada, seria visto que o problema de agendamento é muito maior do que dois, três meses para conseguir atendimento”.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Kassab privatiza mais uma unidade de atendimento à saúde mental





Publicado em 18/05/2012, 19:15

Última atualização em 19/05/2012, 10:40


São Paulo – Em plena Semana de Luta Antimanicomial encerrada hoje (18), na qual os ativistas se manifestaram em defesa da saúde mental humanizada e inclusiva e contrários à privatização dos centros de atendimento médico, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) transferiu a gestão de mais uma Organização Social (OS). Desta vez é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da Brasilândia, na zona norte da capital, transferido à Associação Saúde da Família.

Segundo seu próprio site oficial, a OS já administra na capital paulista 47 unidades do Programa Saúde da Família (PSF), das quais 18 oferecem atendimento em saúde bucal; seis unidades de atendimento médico ambulatorial (AMA); uma unidade de atendimento médico ambulatorial de especialidade; 17 unidades de residência terapêutica; sete CAPS; 12 programas de atendimento ao idoso e um centro de referência em homeopatia, medicinas tradicionais e práticas integrativas.


A efetivação da transferência, no entanto, não está sendo fácil. Servidores, usuários, familiares, pessoas da comunidade e dos movimentos de saúde resistem à chegada dos novos gestores. Temendo por mudanças no serviço prestado e pela transferência de local de trabalho, eles realizaram ato na manhã da segunda-feira passada. A coordenadoria de saúde da Freguesia do Ó convocou reunião no dia seguinte, à qual compareceram representantes de trabalhadores, usuários e do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde-SP).

terça-feira, 15 de maio de 2012

Vitória contra a privatização do SUS!

Uma vitória histórica do SUS - Contra a Dupla Porta


De Blog do Paulo Spina

Hoje tivemos uma vitória histórica da saúde como direito de todos. Uma vitória do SUS! Uma vitória que deve ser comemorada por todos os lutadores da saúde do Brasil! 

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a suspensão da "lei da dupla porta", que permitia a venda de até 25% das vagas de hospitais públicos geridos por OSs (Organizações Sociais) para pacientes particulares e com planos de saúde. 

A 2ª Câmara de Direito Público do TJ-SP negou o recurso (agravo de instrumento) proposto pelo governo do Estado de São Paulo e manteve liminar que impede a oferta dos leitos para pacientes particulares ou clientes de planos de saúde. 

A decisão, por unanimidade, impede que o governo estadual assine contratos com organizações sociais que administram hospitais públicos e planos. 

Sabemos que se esta lei fosse aplicada em São Paulo a venda do SUS aconteceria no Brasil inteiro. Parabéns a todos os lutadores de diversas entidades que se colocaram contra, parabéns ao Fórum Aids que entrou com ação civil pública, ao Fórum Popular de Saúde e a Frente Nacional Contra a Privatização que sempre foram protagonistas contra este absurdo. Ao Conselho Nacional de Saúde que ousou se posicionar! A todos os sindicatos que se colocaram contra e aos parlamentares da oposição no Estado de São Paulo que lutaram contra isso! 

Mas temos que estar de olho, pois o mérito do caso ainda será julgado pela 5ª Vara da Fazenda Pública. 

Paulo Spina 

Militante do Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo 

domingo, 13 de maio de 2012

Prefeitura de Campinas quer cortar 30% da verba para Saúde Mental

De: Blog do Chicão

A Prefeitura Municipal de Campinas pretende cortar 30% do orçamento previsto para os serviços de Saúde Mental, que funcionam através de convênio com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira. De R$ 5,6 milhões/mês necessários, a Prefeitura quer disponibilizar apenas R$ 3,9 milhões.

Divulgo aqui o manifesto elaborado pelo movimento dos Trabalhadores Cândido Ferreira sobre o assunto, convocando os militantes da Saúde Mental e do SUS a participar da Passeata da Luta Antimanicomial que vai acontecer nesta segunda-feira (14/maio) às 8h30, do Terminal Central até a Prefeitura, para exigir que seja revisto esse corte.

O manifesto está disponível para baixar em formato PDF e também transcrito abaixo. Para maiores informações sobre a situação dos convênios Prefeitura/Cândido, recomendo a leitura deste texto.

Prefeitura quer cortar 30% da verba para Saúde Mental em Campinas

Vamos impedir mais esse retrocesso para a Saúde!

A uma semana do Dia da Luta Antimanicomial (18/maio), em que discutimos o fim dos manicômios e as formas de tratamento violento das pessoas com sofrimento mental, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou na última sexta-feira (11/maio) que a Prefeitura não destinará dinheiro suficiente para manter as equipes de Saúde Mental da nossa cidade. De R$ 5,6 milhões mensais necessários para o convênio “Saúde Mental” com o Cândido Ferreira, a Prefeitura disponibilizará somente R$ 3,9 milhões (um corte de 30%).

Privados têm maior fatia de recursos

De Tribuna do Norte
Margareth Grilo - repórter especial

O custeio anual para a saúde pública no Rio Grande do Norte é de aproximadamente R$ 775,4 milhões para todos os blocos de financiamento, da atenção básica à alta complexidade, segundo dados do portal SUS - Saúde com Transparência, mantido pelo Ministério da Saúde. Nos primeiros dois meses deste ano, o governo federal já repassou perto de R$ 274,1 milhões. No entanto, o montante que, aparentemente, seria suficiente para dar assistência adequada à população, é carreado em grande parte para a rede de saúde privada. Com maior aporte tecnológico, os hospitais privados receberam, em 2011, mais de R$ 200 milhões somente com a realização de procedimentos hospitalares e ambulatoriais de alta e média complexidade.

As informações estão disponibilizadas no portal DATASUS (base de dados de 29/03/2012). Do valor global da Média e Alta Complexidade, em 2011, que foi da ordem de R$ 424,3 milhões para o RN, os recursos que convergiram para a rede privada representam 47,27%. Somente na Alta Complexidade, as unidades hospitalares privadas levam 85,75% dos recursos. No Estado, a Alta Complexidade custou para o SUS, no ano de 2011, algo em torno de R$ 16,5 milhões. O setor privado recebeu R$ 14,1 milhões. O valor global destinado ao RN inclui repasses para Estado e municípios.

Já nos dois primeiros meses do ano, considerando apenas as internações hospitalares, a rede pública realizou 10.667 procedimentos, que geraram um repasse de R$ 8.862.895,95. Mas a rede privada, apesar de realizar menos, 7.715 procedimentos, recebeu R$ 8.517.899,95, cerca de R$ 340 mil a menos. No caso dos procedimentos ambulatoriais, a alta complexidade carreia para a rede privada 85,75% dos recursos transferidos pelo SUS para a área.

Ato contra a privatização do CAPS Brasilândia


Nós trabalhadores, usuários, lutadores da saúde mental estamos indignados com o anuncio de privatização do CAPS Brasilândia pela prefeitura de São Paulo e pela Organização Social Associação Saúde da Família.
Repudiamos este processo de sucatear o serviço público para depois privatizar. O descaso do prefeito Kassab aparece na falta de profissionais, na não realização de concursos públicos e na infraestrutura do serviço que há muito tempo precisa de reformas. Fazem isto com a população para com isso mentir dizendo que a privatização é a solução.

É absurdo que em uma democracia entreguem serviços de saúde para entidades privadas sem licitação e ainda sem passar pelo conselho gestor da unidade previsto na lei que regulamenta o SUS e que institui o controle social.

Vamos lutar contra isso e convocamos todos para o ato público dia 14 de maio às 7h, concentração as 6h30 para impedir a entrada da privatização.

Na semana de luta antimanicomial vamos seguir o lema da luta neste ano “Louco não se prende, saúde não se vende, o que está doente é o sistema social” e não vamos deixar o Kassab implementar a privatização que é uma política manicomial.

Movimento em defesa do CAPS Brasilândia


Moradores da zona extremo sul de São Paulo fazem novo protesto

De Rede Extremo Sul em 07/05/2012


Agora, o protesto é no Jd. Eliana

Revoltados com a situação caótica da saúde pública na região, moradores do Jd. Eliana e de outros bairros do Grajaú realizaram hoje um protesto na UBS do Jd. Eliana, denunciando a situação e exigindo mudanças.



Independente das promessas que certamente serão feitas, não iremos recuar até que esse quadro realmente mude em favor da população da região.


Acesse o vídeo do ato em:


ABRASCO lança primeira parte do dossiê que alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros

De Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva



A ABRASCO, através do seu grupo Diálogos e Convergências, coletivo composto por representantes de vários grupos temáticos da Associação, lançou ontem um dossiê sobre o impactos dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros (para acessar clique aqui). O documento, lançado no Congresso Mundial de Alimentação e Nutrição em Saúde Pública (WNRio 2012), tem como objetivo sensibilizar, por meio de evidências científicas, as autoridades públicas nacionais e internacionais para a construção de políticas públicas que posam proteger e promover a saúde humana e dos ecossistemas impactados por esses produtos químicos.

"O dossiê é um alerta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva à sociedade e ao Estado brasileiro. Registra e difunde a preocupação de pesquisadores, professores e profissionais com a escalada ascendente de uso de agrotóxicos no país e a contaminação do ambiente e das pessoas dela resultante, com severos impactos sobre a saúde pública", afirma Luiz Augusto Facchini, presidente da ABRASCO. Segundo Facchini, a identificação de numerosos estudos que comprovam os graves e diversos danos à saúde provocados pelos agrotóxicos impulsiona esta iniciativa. "Constatar a amplitude da população à qual o risco é imposto mostra a sua relevância: trabalhadores das fábricas de agrotóxicos, da agricultura, da saúde pública, a população do entorno das fábricas e das áreas agrícolas, além dos consumidores de alimentos contaminados, toda a população em fim, como evidenciam os dados oficiais", ressalta Facchini. Além dos efeitos imediatos, como intoxicação e morte, os efeitos crônicos podem ocorrer meses, anos ou até décadas após a exposição, manifestando-se em várias doenças como cânceres, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Divulgando: III Congresso Norte-Nordeste de Residência Multiprofissional em Saúde


É com grande satisfação que o Coletivo Pernambucano de Residentes em Saúde convida para o III Congresso Norte-Nordeste de Residência Multiprofissional em Saúde, que acontecerá entre os dias 24 e 28 de julho de 2012, no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, na cidade de Recife-PE.

O 'III CoNNERMS: Semeando Ideias e Colhendo Transformações' trará em seu conteúdo o contexto sociocultural local, que se articula e contribui com os debates travados para discutir a residência como espaço de formação dos trabalhadores e trabalhadoras para o Sistema Único de Saúde - SUS e de militantes da Reforma Sanitária em âmbito nacional.


http://www.wix.com/3connerms/3connerms

Solicitamos divulgação do evento à todos que como nós lutam por saúde e educação públicas e de qualidade!

Coletivo Pernambucano de Residentes em Saúde



A luta Antimanicomial como expressão de voz e conhecimento





“A minha missão é revelar somente a verdade” - Estamira

Se a luta Antimanicomial não existisse a gente teria que inventá-la! Bom, seria uma ótima alusão ou adaptação de outros exemplos de coisas boas nascidas nesse mundo, tão complexo e contraditório. Assim, um movimento que se reinventa não perdendo a dimensão da sua realidade é o que constitui na cidade de Belo Horizonte uma das maiores expressões político-culturais que já se foi testemunha.

Faz mais ou menos quinze anos que alguns trabalhadores da saúde mental do Brasil, unidos a usuários e familiares de pessoas com sofrimento mental construíram uma nova forma de lidar com aquilo que a razão não é capaz de dar vazão; e, com o propósito de marcharem numa luta e num contentamento diferente do tratamento da loucura, abriram as portas dos manicômios e começaram a criar novos formatos para a expressão através da linguagem, através das formas, e alucinações para o tido “desvio” do real.

A luta Antimanicomial em Belo Horizonte nesse meio sobrevive, mesmo que acompanhando duramente um pensamento que ainda teima em insistir na privação da liberdade e na segregação do delírio, dando passos importantes na formação, na intervenção política, na ocupação dos espaços da cidade (diga-se cada vez mais cerceada e privatizada) pelos que foram dela separados durante anos, privados dos direitos fundamentais, alijados da possibilidade de elaboração de suas angústias, desejos e realidades dissonantes.

Belo Horizonte é uma referência no Brasil na construção de uma política de saúde mental que se alicerça nos princípios do SUS, tendo como expressão fundante a territorialidade e um profundo engajamento de inúmeras pessoas para que Cersam’s (Centros de Referência em Saúde Mental), Centros de Convivência, Cersam AD (Álcool e Drogas), Residências Terapêuticas e outros equipamentos possam ser espaços de possibilidade de convivência com o sofrimento mental. Que sejam vínculos do real que não apagam o inconsciente, espaços esses cada dia mais solicitados pelo movimento estudantil a serem ocupados na formação pelos estudantes. Luta essa que se trava nos cotidianos da formação em saúde mental em todas as Universidades, e a UFMG não é exceção desse processo. Se a prática é repensada, é necessário repensar também a formação.

domingo, 6 de maio de 2012

Venha para o III Seminário da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde



Após as edições de 2010 no Rio de Janeiro e de 2011 em São Paulo, está chegando o III Seminário da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde que ocorrerá em Maceió-AL de 7 a 10 de junho. O seminário nacional é o evento onde anualmente os Fóruns e demais entidades que compõem a Frente se juntam para trocar experiências, ideias, aprofundar o debate referente à defesa da saúde pública estatal, e construir uma agenda para o próximo ano que servirá de referência para as lutas da Frente Nacional e seus Fóruns de Saúde.

Para se inscrever acesse: 



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Servidores do Hospital de Laranjeiras rejeitam privatização da saúde


12/04/2012

Debate com o corpo clínico, no dia 9/04, rejeitou privatização da saúde e a entrega da gestão do hospital à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares


Por Olyntho Contente
Da Redação do Sindsprev/RJ

Em debate no auditório do Instituto de Cardiologia de Laranjeiras, na última segunda-feira (09/04/2012), o corpo clínico condenou a possibilidade do hospital ser privatizado através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. A EBSERH foi criada pela Lei 12.550, aprovada em dezembro passado pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Roussef. O evento foi organizado pela Associação de Funcionários do Instituto e contou com o apoio do Sindsprev/RJ.

Foto: Niko

A EBSERH se trata de uma empresa de economia mista, pública, mas de caráter privado, criada para administrar os hospitais universitários, subordinados ao Ministério da Educação, contratando profissionais regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Pela lei, a EBSERH pode fazer o mesmo com os hospitais subordinados ao Ministério da Saúde, como o de Laranjeiras.

Médicos e profissionais de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, enfim, todos da plateia que falaram durante o debate, se colocaram contra a EBSERH, depois de ouvir os palestrantes: o diretor do hospital, José Leôncio e o advogado do Sindsprev/RJ, José Ricardo Lessa. Para os servidores, a criação da empresa é um absurdo. Significa a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), o começo do fim dos servidores públicos contratados pelo Regime Jurídico Único (RJU) e da gratuidade do atendimento. Criticaram a adoção da privatização, justamente por um governo do Partido dos Trabalhadores (PT) que tanto condenou esta política nociva à população, que só beneficia os interesses dos grupos privados. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Divulgando: 04/05/2012 - Ato no CAISM Água Funda - greve da saúde estadual de São Paulo


Greve da Saúde Estadual
Ato CAISM Água Funda

Convocamos todos para participar do ato em apoio a greve da saúde estadual chamada pelo Sindsaúde Sp “Fechamento do CAISM Água Funda” sexta feira, 4 de maio as 11h. Av Miguel Stefano, 3030, entrada pela rua Etruscos

Em 2011 lutamos para que o CAISM Água Funda não fosse fechado pelo governo Alckmin. Vencemos e conseguimos barrar a absurda privatização. Agora estamos promovendo o fechamento simbólico do CAISM Água Funda, para protestar contra a situação do trabalhador estadual: quase dez anos sem aumento, corte de insalubridade e aumento de carga horária.

Nós trabalhadores, estamos a 20 dias de greve, fazendo de tudo para não prejudicar a população do estado de São Paulo, mas o governo nos ignora, assim como faz há dez anos. Por isso um ato para radicalizar e chamar atenção contras os absurdos deste governo, um ato em defesa do trabalhador, da greve, mas também um ato contra a privatização e por um saúde pública, estatal e de qualidade.

Comando de Greve do Caism Água Funda
Contatos: 
Paulo Spina – prscontato@yahoo.com – (11) 7373-4783
Paulão - (11) 9272-7452

28 de abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho


por Fórum Popular de Saúde da Baixada Santista

Apesar de entidades públicas e privadas se referirem a essa data como o Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho, encobrindo assim o verdadeiro motivo de relembrar esta data, fazemos questão de trazer a tona o fato histórico que marcou esse dia. No ano de 1969, setenta e oito operários morreram numa explosão de uma mina nos EUA. De lá pra cá, continuamos todos os anos tendo notícias de acidentes em minas, assim como ainda hoje milhares de trabalhadores morrem, são mutilados, sofrem de doenças físicas e psíquicas causadas pelo trabalho.

Segundo divulgado em 2011 pela Organização Internacional do Trabalho, no mundo são trezentos e dezessete milhões de vítimas de acidentes de trabalho por ano, o que representa aproximadamente 4,5% da população mundial. Cento e sessenta milhões sofrem com doenças relacionadas ao trabalho. Por dia, o trabalho mata 6 mil trabalhadores, são quatro vidas que se vão a cada minuto. No Brasil, os dados oficiais anunciam que são quase 3 mil mortes por ano em decorrência de acidentes de trabalho, mas estima-se que o dado real seja pelo menos 3 vezes maior.

Esses dados nos chamam a atenção para a realidade em que nós, trabalhadores, vivemos, seja no chão de fábrica, no cais do porto ou nos escritórios, todos estamos sujeitos às armadilhas do mundo do trabalho. Estamos submetidos às regras do mercado, onde a produtividade e o lucro sobrepõe-se à saúde do trabalhador. Enquanto trabalhamos sob pressão extrema, expostos ao assédio moral, às jornadas estendidas e má remuneração, tendo assim a saúde prejudicada, alguns poucos lucram com essa situação.

Nós, enquanto estudantes, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde, participantes do Fórum Popular de Saúde da Baixada Santista, entendemos que somente um SUS de verdade, realizado pelo serviço público, com os princípios da integralidade, da universalidade e da equidade garantidos, e com a visão de que as políticas sociais e econômicas devem garantir à redução do risco de agravos à saúde, é possível lutar para que a saúde do trabalhador esteja acima de qualquer lógica de mercado. Para além disso, consideramos que não se podem propiciar condições melhores de saúde sem considerar que a atual forma de organização do trabalho é a responsável pelo adoecimento e morte dos trabalhadores e, portanto, deve ser questionada e transformada.

“As tragédias deixam claro
O que deve ser mudado,
A comparação é feita
Quando o pretérito é lembrado,
O presente é refletido
E o futuro é preparado.”

Literatura de Cordel
Antônio de Lisboa e Edmilson Ferreira

Privataria em tempo recorde no Hospital da Mulher de Mossoró (Rio Grande do Norte) e total falta de transparência



Por Margareth Grilo
repórter


O contrato de R$ 15,8 milhões entre a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e a Associação Marca para gestão do Hospital Parteira Maria Correia - o Hospital da Mulher, de Mossoró, teve 50,82% da sua execução financeira liquidada nos primeiros 32 dias de funcionamento da unidade,  inaugurada dia 8 de março. No dia 22 do mesmo mês, a Sesap pagou R$ 2,59 milhões referentes à primeira parcela do custeio, e no dia 10 de abril foram liberadas mais três ordens bancárias, que somam R$ 5,43 milhões. Uma delas é relativa à segunda parcela de custeio (mês de abril).

Hospital da Mulher, em Mossoró, abriu em parceria com a Sesap. Foto: Carlos Costa


Na soma, a Secretaria liberou, nesse curto espaço de tempo, R$ 8,03 milhões do valor contratual global, conforme informações extraídas pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE no Portal da Transparência do Governo do Estado. O contrato da A.Marca, assinado em 29 de fevereiro, tem  180 dias de vigência. Na terça-feira, 24, a direção do HMM havia informado, através da Assessoria de Imprensa, que a OS tinha recebido apenas uma parcela de custeio e o valor relativo à aquisição de equipamentos, o que totalizava R$ 5,22 milhões.