III Seminário da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde
De Paulo Spina, Fórum Popular de Saúde de São Paulo, em Blog do Paulo Spina
Neste feriado muitos lutadores da saúde estão em Maceió, no seminário da frente nacional contra a privatização da saúde. Esta frente que reúne diversas entidades e fóruns estaduais e unifica as lutas por um SUS público, estatal e de qualidade tem realizado a disputa por um projeto alternativo de saúde, mas também de sociedade. Com uma articulação crescente em diversos estados do Brasil, tem protagonizado lutas contra a privatização, polarizou a conferencia nacional de saúde contra todos os tipos de privatização e exigindo mais financiamento para saúde.
No seminário com mais de 250 participantes, com representantes de mais de dez estados do Brasil, tem sido intensa a troca de experiências sobre as lutas na saúde. Na mesa de abertura os quatro fóruns mais antigos: Rio de Janeiro, Alagoas, Paraná e São Paulo apresentaram as lutas e as estratégias em cada realidade. Felipe Cardoso do Fórum de Campinas falou sobre as lutas no estado de São Paulo e como, apesar do laboratório de privatização que é o estado, a organização do fórum avançou nas lutas barrando, por exemplo, o absurdo que é a venda de 25% dos leitos proposta pelo governo estadual do PSDB. Juliana Bravo mostrou a realidade do fórum de saúde do Rio de Janeiro com a criação de núcleos em outras cidades do estado. Valeria Correia falou da resistência a privatização e Maria Inês Bravo liderança importante da frente nacional contra a privatização falou das perspectivas e das lutas da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde.
O seminário contou com várias mesas: uma mesa de conjuntura com Mauro Iasi e Virginia Fontes e a presença internacional do lutador francês Julian Terrié nos contando da realidade europeia que também esta fazendo luta em defesa da saúde, propondo a internacionalização com uma semana de luta. Discutiu-se ainda aspectos jurídicos das lutas, com a debatedora alagoana Heloisa Helena que foi enfática e com emoção nos colocou a dimensão e a necessidade de lutar pela saúde.
Antes da última mesa teve uma ótima apresentação de teatro realizada pelos usuários do caps em alagoas que fazem parte do fórum alagoano. Nesta mesa discutimos também a relação público e privado na saúde com a Fátima Siliansky. Com Francisco Junior discutimos as possibilidades e as limitações do controle social. Paulo Spina do fórum de São Paulo defendeu um novo patamar para as lutas em defesa da saúde mental . Por mais financiamento, colocando a privatização como política manicomial e indo contra as relações manicomias, sobretudo, denunciando o absurdo das comunidades terapêuticas.
Ainda na luta estamos em grupos discutindo formas de fazer a luta da saúde uma luta de todos e todas.
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