quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Médicos de Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal denunciam efeitos da austeridade na saúde


ARTIGO | 16 JANEIRO, 2013 - 16:33

Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 17/01/2013


Numa Carta Aberta “Aos dirigentes políticos e às autoridades de saúde da Europa” os presidentes das associações médicas e outras personalidades dos quatro países apelam a uma rápida revisão das políticas de austeridade para urgentemente evitar mais deterioração da saúde e dos serviços de saúde. O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, frisou na apresentação da carta que se trata de um movimento “internacional inédito”.

Marcha Blanca em defesa da saúde pública, Madrid,
7 de janeiro de 2013 – Foto de Imagen en Accion/Flickr

A Carta Aberta (a que pode acessar na íntegra em pdf) foi apresentada nesta terça-feira (15/01/2013) em Lisboa pelo bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, e é subscrita pelos presidentes das associações médicas de Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal, E mais 7/8 DAS “personalidades relevantes das comunidades acadêmicas e médicas” dos quatro países.

No documento, os médicos lembram que “os princípios políticos europeus formalmente adotados exigem que todas as políticas públicas tenham em conta o seu impacto na saúde”, declarando que “isto não está a acontecer na Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal”.

A carta aberta refere que grandes setores das comunidades “não contribuíram” para a crise financeira, econômica e social que desde 2008 se vive em muitos países europeus, e salienta que a CE, o BCE, o FMI e os governos nacionais “tomaram medidas de importância crítica no campo da economia e dos sistemas de proteção social nos vários países”, porém “não há indicações de que em tais processos de decisão o pagamento da dívida tenha gerado alternativas que incluíssem avaliações objetivas do seu impacto na saúde”.

O texto salienta que a crise econômica e social tem implicações na saúde, refere que “os serviços públicos têm sido privados das verbas necessárias” quando “aumentam as necessidades em saúde na comunidade” e destaca que está a acontecer “um extenso e profundo sofrimento humano”, com “os sistemas de saúde em degradação”.

Os subscritores e as subscritoras da carta apelam aos dirigentes políticos europeus para que, nomeadamente, assegurem “uma rápida revisão” das decisões das políticas de austeridade para “urgentemente evitar mais deterioração da saúde e dos serviços de saúde” e “atuem imediatamente de modo a minimizar os já identificados efeitos da crise na saúde”.

Veja a Carta Aberta na íntegra clicando no link:


*Retirado do Esquerda.net
**Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 17/01/2013


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