Publicada em 04/03/2013
Já está disponível a versão on-line da revista Radis, edição n° 126, de março de 2013. A reportagem de capa, intitulada “Largada rumo a cidades saudáveis”, enfoca dificuldades e possibilidades em algumas capitais brasileiras na área de Saúde. Segundo a revista, distâncias e semelhanças foram encontradas entre as realidades de Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Macapá, Palmas, Salvador, São Luís, Teresina e Vitória. Para algumas dessas cidades, os problemas começaram já na "troca de bastão" entre a gestão que deixa a Secretaria de Saúde e a que começa a trabalhar: os novos alegam, entre outros problemas, ausência de informações sobre a rede de saúde que terão de administrar nos próximos quatro anos; em alguns casos, denunciam o sucateamento da rede e a necessidade de sua reconstrução.
Com a posse dos novos prefeitos, em janeiro de 2013, os secretários municipais de Saúde terão oportunidade de efetivar a construção de cidades mais saudáveis. Na corrida em direção à melhoria da qualidade de vida da população, cada um faz uso de suas estratégias para superar obstáculos e cumprir suas metas. A ideia de cidades saudáveis tem raízes na 1ª Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde, realizada no Canadá, em 1986, ano em que os princípios da Reforma Sanitária brasileira foram consagrados na 8ª Conferência Nacional de Saúde.
De acordo com a Radis, uma barreira comum a ser ultrapassada é o hiato existente entre o discurso que sustentou o programa político dos candidatos e a realidade encontrada após a eleição. Segundo eles, os obstáculos são visíveis: unidades superlotadas; desabastecimento de insumos básicos; contratos irregulares; falta de continuidade na condução da política de Saúde. A maioria dos secretários alega não ter recebido o município em ordem, o que atrasaria o início de sua trajetória e dificultaria o processo de implementação de ações mais afinadas com o que prometeram os prefeitos.
Opinião comum dos relatos, os gestores apontam para a necessidade de estruturar a rede de assistência à Saúde, investir na Atenção Básica e enfrentar o subfinanciamento do sistema. Para cumprir suas metas, a maioria deles considera que a grande demanda nas capitais exige maior participação dos governos estaduais e do Ministério da Saúde, com o objetivo de fortalecer localmente o Sistema Único de Saúde (SUS). O que preocupa, segundo a revista, é a discrepância orçamentária nos municípios e que alguns gestores recorram à alternativa privatizante das Organizações Sociais de Saúde para exercer funções de Estado. Por outro lado, animam a previsão de concursos para resolver a carência de profissionais de saúde e a determinação de alguns secretários em construir um SUS 100% público, com ampliação da atenção básica e foco na integralidade e na qualidade.
Confira a íntegra da revista Radis de março de 2013 clicando aqui.
*Retirado da ENSP
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