terça-feira, 2 de abril de 2013

Haddad quer privatizar² (ao quadrado) a saúde pública em São Paulo


Published on Friday, 29 March 2013 15:25

Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 02/04/2012

Depois de ser eleito com um programa de governo que prometia, no mínimo, controlar as Organizações Sociais (OSs), o prefeito Fernando Haddad (PT) dá sinais claros de como e para quem vai ser a política de saúde na cidade de São Paulo.

Por Áquilas Mendes e Paulo Spina,
Fórum Popular de Saúde de São Paulo


O Partido dos Trabalhadores (PT) inicia, por um lado, um processo de cooptação do movimento popular de saúde, correndo a cidade para falar com conselheiros e nomeando pessoas de movimentos ligados ao Partido para seu gabinete, e por outro projeta uma ampliação medíocre da rede através de compromissos com as Organizações Sociais, os conglomerados hospitalares e os planos de saúde.

Esta política não se inicia na cidade de São Paulo tampouco se encerra nela. O caminho traçado pela Prefeitura fortalece a intenção do atual ministro da saúde em subsidiar planos de saúde privado. Isto foi noticiado, mas frente a tamanha revolta que causou no movimento em defesa do SUS, o governo recuou, ao menos naquele momento. 


Agora os jornais falam do interesse de Fernando Haddad, atual prefeito da cidade de São Paulo, em levar postos de saúde privados a periferia, fornecendo isenção tributária (ISS) às empresas que lá pretendem se instalar (saiba mais clicando aqui).

Será apenas o velho complô da mídia contra o governo? Mas a pergunta é: por quê seria? Vale lembrar que os planos de saúde foram grandes financiadores das campanhas petistas (clique aqui) e estão com dívidas gigantescas. Ou seja, querem salvar os tubarões da Saúde.

Desde a ditadura civil-militar, o estado brasileiro vem financiando a criação de um setor privado forte na área da Saúde. Depois que os trabalhadores conquistaram o Sistema Único de Saúde - SUS, o ataque da iniciativa privada consistiu em vender seus serviços para governos, que por sua vez, sucateiam o público para ter mais demanda de mercado. Já no fim da década de 1990, em São Paulo, o governo do PSDB iniciou um novo processo neoliberal de ataque à saúde pública: as privatizações dos serviços de saúde através da criação da lei das Organizações Sociais.

Agora, em São Paulo, vemos uma nova geração de políticas que transformam nossa saúde em mercadoria. É a privatização² (ao quadrado)! Um absurdo! Antes o processo de privatização foi realizado pelo PSDB, agora a privatização², pelo PT. Os objetivos do governo municipal e federal são de aprofundar a ideia de Saúde como mercadoria, privatizar o SUS e, pior, difundir a concepção de que o SUS é somente para os mais pobres.

Mas atenção Fernando Haddad e José Fillipi (atual secretário de saúde): os lutadores da saúde pública, estatal e de qualidade não vão aceitar isto! O Fórum Popular de Saúde de São Paulo, os sindicatos, os estudantes, os movimentos sociais em geral vão derrotar com muitas lutas a PRIVATIZAÇÃO², pois queremos um SUS elevado à máxima potência!

*Retirado do FopsSP
**Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 02/04/2012


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