quinta-feira, 11 de abril de 2013

Legal! Fórum Recifense pelo Direito à Saúde lança o movimento "Ocupa SUS"

Publicado em 11/04/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 11/04/2013


Surge o Ocupa SUS, novo movimento pela saúde pública

Está nascendo no Recife um novo movimento para denunciar o sucateamento do SUS e defendê-lo das terceirizações. Na noite de terça-feira, 09 de abril de 2013, mais de 40 pessoas, entre jovens profissionais de saúde sem filiação a partido político, militantes do passado da saúde pública, gente de sindicatos e grupos de esquerda, reuniram-se na sede do Movimento de Trabalhadores Cristãos (antiga Ação Católica Operária), definindo a estratégia que vai ganhar espaços públicos nos próximos dias: o Ocupa SUS. Por ora o alvo são postos de saúde, Caps e maternidades do Recife, onde faltam servidores desde a gestão passada, remédios e até receituários.

Essa frente com diferentes forças começou a se formar em meados de 2012, com o Fórum Recifense pelo Direito à Saúde e Contra a Privatização. Em meio à fragilização dos Conselhos de Saúde, pode retomar vazios deixados pela desmobilização de segmentos que se contentaram com cargos na ascensão de governos de esquerda, esquecendo-se de vigiar o bem maior que é a saúde pública.


O médico Thiago Henrique Silva, da direção do Sindicato dos Médicos de Pernambuco e ex-presidente da Associação Pernambucana do Médicos Residentes, integra o Fórum Recifense pelo Direito à Saúde e Contra a Privatização. Ele dá detalhes do Ocupa SUS.

JC – Como será o Ocupa SUS?
Thiago Henrique - Faremos atos públicos em hospitais e postos, chamando a atenção para a degradação imposta pelos governos. A contrarreforma sanitária que estão promovendo visa sujar a imagem do serviço público para entregar a administração a Organizações Sociais (OSs).

JC – Qual é o risco?
Thiago Henrique - O SUS é a fonte de renda para essas organizações, que recebem até mais verbas públicas que hospitais da administração direta. Há um desmonte, com prejuízos a usuários e trabalhadores.

Mais informações sobre o movimento no blog do Fórum Recifense:


Veja mais:

Publicado em 11/04/2013, Às 14:54

Frente pelo direito à saúde condena 100 primeiros dias do secretário estadual de saúde Geraldo Julio

Conheça o conteúdo que o Fórum Recifense pelo Direito à Saúde e Contra a Privatização vem divulgando nas redes sociais. Critica os 100 primeiros dias da gestão de Geraldo Júlio, prefeito do Recife, por não ter corrigido os déficits de pessoal, material e gerencial dos serviços, principalmente da atenção básica. E questiona as terceirizações que ocorrem na rede estadual de saúde. O grupo fará nova reunião dia 17/04, próxima quarta-feira, na sede do Movimento de Trabalhadores Cristãos, na Rua Gervásio Pires, na Boa Vista.

Na rede municipal do Recife faltam médicos, há equipes do Saúde da Família desabrigadas, como no Córrego do Jenipapo, na Zona Norte, onde profissionais entregaram cargos, e faltam medicamentos. O secretário municipal de Saúde, Jailson Correia, alega que está levantando todos os problemas para definir soluções nos diferentes campos. Ele está indo pessoalmente a cada posto de saúde.

Ato dos médicos no PSF do Córrego 
do Jenipapo este ano (Foto: Simepe)

Eis o conteúdo da mensagem da Frente pelo Direito à Saúde, na íntegra:

Nada a comemorar na Saúde em Pernambuco

Vivenciamos nos últimos anos o verdadeiro desmonte da concepção de Saúde como Direito de Todos e Dever do Estado. São tempos difíceis. Em meio ao caos instalado na nossa Saúde Pública, assistimos ao atual secretário de saúde do estado de Pernambuco entregar a gestão dos serviços de saúde à Organização Social (OS) da qual é dono. O IMIP, a despeito da aura de filantropia que resguarda diante da sociedade  pernambucana, segue ampliando o seu poder sobre a Saúde de Pernambuco, gerenciando segundo a lógica da produtividade, cerceamento de direitos dos profissionais e visando o lucro. 

Em menos de 6 anos do atual governo do estado, o IMIP se tornou gestão de 14 serviços de saúde entre UPAs, Hospitais (como Miguel Arraes, Pelópidas da Silveira (RMR), Dom Malan em Petrolina, Regional de Juazeiro da BA, Nair Alves de Souza, em Paulo Afonso BA) e Unidades de Hemodiálise e Tomografia. Temos assistido com perplexidade a expansão dos tentáculos do IMIP e de seu modelo gerencial, destituindo a gestão pública do SUS do exercício de suas atribuições. 

Todos esses serviços, embora tenham sido construídos e sejam financiados através da verba pública, são administrados pelo IMIP, supostamente sem fins lucrativos e assim, regido pelo direito privado, realiza contratações como lhe convier, contratos ao arrepio da lei – temporários e sem concurso, mantém funcionários sob a égide das metas impostas pela direção e segue a lógica privatista da saúde. 

Além disso, é gritante a discrepância de financiamento entre serviços de gestão pública estatal e serviços entregues ao IMIP: enquanto o HUOC permanece sobrevivendo com "ajuda de aparelhos" sob um financiamento de R$ 48.192.106,49 por ano, o IMIP arrecada do Estado de Pernambuco R$ 214.618.185,37.


No Recife, às vésperas dos 100 dias de gestão completadas pela nova Secretaria de Saúde, o que se vê é um total e completo descompromisso com a Atenção Primária e com sua rede própria. Faltam medicamentos básicos, insumos e profissionais de saúde. Contratos temporários terminando e profissionais do concurso ainda sem convocação! A rede de Saúde Mental e os NASFs são os mais afetados, pois faz alguns anos que não há concurso público decente para estes profissionais, e o fim dos contratos está deixando estes setores em funcionamento bastante precário, o que prejudica de forma contundente a população que depende destes serviços. Nas Unidades de Saúde da Família, além de medicamentos básicos (por exemplo hidroclorotiazida e metformina) falta até folha de receituário normal. Em algumas USFs, faltam receituários controlados há meses, e os profissionais vinham tirando cópias do próprio bolso para que não faltasse o medicamento ao paciente.

O que se pode concluir diante das palavras de ordem da gestão Geraldo Julio na Saúde (eficiência, eficácia, modernização), é que tudo não passa de pura falácia, ou no mínimo um plano concatenado para deslegitimar a Atenção Primária à Saúde e ajudar a emplacar seu projeto de "Upinhas" gerenciadas pelas organizações sociais.

Diante desse quadro terminal, não podemos nos calar! Convidamos tod@s a construir conosco a luta pela saúde! Não permitiremos que nossos direitos sejam entregues a iniciativa privada! O SUS está gritando por socorro! Não podemos permitir que o caos instalado na saúde seja permanente!

O FÓRUM RECIFENSE PELO DIREITO A SAÚDE E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO é um espaço de construção e convergência das lutas pelo direito a saúde na cidade do Recife, onde se reúnem lutadores e lutadoras – pessoas e organizações – que não se rendem diante de tal situação, no esforço de reunir as forças para luta e construir pautas unitárias. Consideramos que o povo recifense precisa tomar as rédeas da situação e não permitir que direitos conquistados sejam retirados.“

*Retirado do JC Online e JC Online 2
**Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 11/04/2013


Um comentário:

  1. Parabens Pernanbuco/Recife,eu fui a Recife pparticipar de um encontro de entidades que trabalham com o social na epoca a bola da vez era a aids,e como sou presidente de uma ong que trabalha com eles e teve um modelo inovador para portadores e doentes fui convidado a participar,foi um dos momentos nacionais onde se discutia saúde mais legais que participei e vejo e sempre falo onde estou do comprometimento dos pernanbucanos com a qualidade de vida do povo ate pelo contraste que pude ver em recife,não é facil a saúde e o social em Recife mais fazem e muito pelos pernanbucanos parabens pelo ocupa SUS e espero que seja copiado por outros estados e miunicipios;Carinhos mineiro a todos dai que amo tanto

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