Publicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 07/05/2013
26.
(isolados em nossas casas)
sabemos que o mundo lá fora
reclama mais que nunca, agora,
de nós uma atitude, um gesto
a tarde é calma, azul, no entanto
olhamos, cercados por muros,
que, com gestos delicados,
se apresenta o impuro -
quando estamos cegos, não há espanto.
rezam o desenvolvimento,
corrigem a miséria, em qual dos números?
se, no momento, nossa grande fome
é por barricadas que nos livrem de tantos muros
(p. 97 - excerto de "um Eu, um Outro - unidade e luta de contrários")
Hoje, 07 de maio, em confraternização informal e salva de vaidades, o amigo Pedro Carrano lançou sua primeira obra literária publicada, "três vértebras e um primeiro testamento", pela editora Edição do Autor, de Curitiba.
Pedro Carrano é um lutador-jornalista do Brasil de Fato e do Sinditest, partidário da organização Consulta Popular, sindicalista no SindiJor/PR e participante de outras diversas lutas populares e da classe trabalhadora. Ou, simplesmente, um Lutador.
Sem pretendermos aqui a elaboração de uma homenagem, ou algo parecido à uma homenagem, o parabenizamos pelo cuidado em colocar no papel seus sentimentos e visão de mundo e, após anos de sonho e desejo, conseguir com esforços próprios e apoio de diversos parceir@s e companheir@s, publicar uma parte de sua obra de prosa e poética que se acumulou em mais de quinze anos de criação.
Colocamos o feliz lançamento como mais um exemplo da necessidade de se buscar e prestigiar a arte radical, que preze pelos anseios de uma transformação de mundo que vire tudo de cabeça para baixo e traga à tona a igualdade de oportunidades e um novo modo de viver; a Revolução econômica, científica, do cotidiano, sentimental e afetiva de toda a Humanidade; a busca por um mundo construído com base no coletivo, sem classes sociais, em que a pauta do dia, todo dia, seja a preocupação visceral do bem-estar e de uma vida sem medos; o amanhã podendo ser construído sem o rolo-compressor do capitalismo, rumo à liberdade verdadeira, sem distorções e pseudo-realidades criadas para domesticar as pessoas, como se dá na maior parte do planeta atualmente.
São umas rápidas palavras nossas, mas sinceras, assim escritas sem pensar muito para não perder de vista o momento.
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