sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Crise no HUCFF-UFRJ: Será uma crise instaurada propositadamente pela direção, para dar aval ao repasse da gestão à EBSERH?

Data: 06/08/2013
Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 09/08/2013

Situação se agrava no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e reitoria intervém. Na prática, instituição está sendo administrada pela pró-reitora de Gestão e Governança, Aracéli Cristina. Adufrj-SSind vai entrar com pedido de abertura de sindicância para apurar os fatos que levaram à intervenção da reitoria no Hospital

Seção Sindical denuncia intervenção no Hospital Universitário da UFRJ

A joia da coroa da rede de instituições de Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos hospitais de referência na área do ensino e da pesquisa e em procedimentos de alta complexidade, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) enfrenta crise sem precedentes. Diante do aprofundamento do quadro, no último dia 12 de julho de 2013, a reitoria decidiu decretar uma espécie de intervenção no HUCFF.

De acordo com nota da própria reitoria, a decisão de “assumir a coordenação direta, através de Comissão própria, dos trabalhos da manutenção predial, da engenharia do hospital e das compras de insumos básicos” foi tomada devido “a gravidade das circunstâncias”.

A Adufrj-SSind vai entrar com pedido de abertura de sindicância para apurar os fatos que levaram à intervenção da reitoria no Hospital Universitário da UFRJ. O documento será encaminhado esta semana ao reitor Carlos Levi

Para preservar o diretor do HUCFF, Marcus Eulálio, a reitoria evita definir suas ações no hospital como “intervenção”. Mas o fato é que o nome forte, hoje, na administração da instituição é a pró-reitora de Gestão e Governança, Aracéli Cristina


E mais: os esforços da reitoria da UFRJ para blindar o diretor do hospital podem ser em vão. Para complicar a situação de Marcus Eulálio, um relatório do Tribunal de Contas da União registra uma série de irregularidades administrativas na instituição.

A situação no HUCFF é de muita apreensão. A atmosfera de tensão já é registrada há alguns meses e o Jornal da Adufrj tem publicado nas últimas semanas um quadro de crise sem precedentes. A gestão errática da atual direção tem conduzido a principal instituição de Saúde da UFRJ a uma situação insustentável.

Fonte: FB
E o mais curioso é que esta crise do HUFCC e em outras unidades hospitalares da UFRJ se intensificam no exato momento em que há o debate sobre a contratualização da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH, apresentada por alguns dos seus defensores como “salvação” para esta crise. A direção do HUCFF está integrada por ativos defensores da entrega de parte da rede hospitalar da universidade à Empresa.

R$ 28 milhões?

Na mesma nota na qual informa ter assumido diretamente as ações no HUCFF, a reitoria afirma que, desde o ano passado, fez repasses, que hoje somam R$ 28 milhões, “para custeios diversos”, provenientes do Orçamento da UFRJ. Em novembro de 2012, informa a direção da universidade, foi constituída uma comissão de apoio à gestão do hospital. Mas diante do agravamento da crise, a reitoria resolver intervir diretamente.

Nas providências enumeradas, a reitoria diz ter determinado à Pró-Reitoria de Gestão (PR-6) a criação de um grupo de trabalho para elaborar diagnóstico nas áreas de licitações, almoxarifado, aquisições e contratos. “As ações da Reitoria para apoio ao HUCFF ocorriam, até então, de forma indireta, através de transferência de recursos e de assessoria das equipes da Prefeitura Universitária, do ETU e da PR-6 à Direção do Hospital”, explica a reitoria.

Entre os setores que a reitoria chamou a responsabilidade para si, encontram-se as áreas de compras de insumos básicos, manutenção predial e engenharia do hospital. Neste novo quadro, a pró-reitoria de Gestão e Governança ganhou força. É da pró-reitora Aracéli Cristina o papel de coordenação das ações. A reitoria informa, ainda, que setores técnicos do hospital terão que trabalhar de forma integrada com o pessoal do ETU, Prefeitura Universitária, Escola Politécnica – tudo coordenado por pró-reitora de Gestão e Governança. Outras reuniões já agendadas pela reitoria incluem os setores de licitações e contratos, financeiro, divisão de atividades gerenciais e almoxarifado, a direção e equipe do Instituto de Doenças do Tórax (IDT).

Fonte: Adufrj-SSind, com edição do ANDES-SN

*Retirado do ANDES-SN
**Republicado no blog da Frente Nacional contra a Privatização da Saúde em 09/08/2013

Um comentário:

  1. Porque não entregar o país para os "protestantes" ou manifestantes governarem? Elejam os estudantes da UERJ e os da UFRJ junto com os docentes e tirem par ou impar para saber qual grupo vai governar esta bagunça que existe 50 anos antes de eu nascer! Quem ganha com isso são: a mídia fascista, os fascistas tipo Bolsonaro e Ronaldo Caiado. Que deem o país para estes tipos ajudarem a todos os "protestantes". Este artigo é tão confuso quanto a cabeça de seus organizadores. "Uma coisa é parecer que é a outra é provar que é". E o pior que jovens inocentes úteis estão sendo usados nestas manifestações. Se eu fosse reitor destes hospitais universitários por um mês, implantaria em primeiro lugar, cartão de ponto para todos inclusive para mim reitor. Revisão catalogada de todo o material pertencentes aos hospitais. Fiscalização rígida de todo material que sai na portaria até para diretores. Iria sobrar muito dinheiro e o atendimento melhoraria muito.

    ResponderExcluir