31/10/2013
A quem ainda achava que a chantagem do governo de Dilma Rousseff em fazer as universidades aderirem a Ebserh estava nas entrelinhas, no campo do implícito, eis uma prova cabal de que não tem nada de "poesia" na situação; a chantagem é explícita e declarada. Digitamos a notícia e dispomos logo abaixo.
Presidente diz que não falta verba ao HC-UFPR, mas pede adesão
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem ontem que o fechamento de vagas no Hospital de Clínicas, em Curitiba, não ocorreu por falta de recursos. Ela disse que a recusa da UFPR em aderir a uma empresa federal gerou o problema, que acabou resultando no fechamento de 94 leitos no HC, neste mês.
"A UFPR tem de aderir para poder contratar pessoal. Não é falta de dinheiro, é porque tanto o MP quanto o TCU não mas aceitam contratação via fundações", argumentou, em entrevista à rádio Banda B e à rádio Cultura, de Foz do Iguaçu.
Segundo a presidente, 23 das 33 universidades [federais] brasileiras já aderiram à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), criada em 2011. "Isso significa que 34 hospitais universitários, de um total de 47, já estão resolvendo seu problema, fazendo concursos públicos", completou.
A universidade debateu no ano passado, através de seu conselho universitário, mas decidiu recusar. Entre os argumentos, estavam a perda de autonomia e do controle administrativo do hospital.
Hospital reabre leitos e recusa proposta
O Hospital de Clínicas anunciou ontem que vai reativar 14 leitos nesta sexta-feira [do recente corte de 93 leitos]. Segundo o reitor [da UFPR] Zaki Akel Sobrinho, novas reaberturas estão planejadas, mas a adesão à Ebserh não está em pauta. "Tivemos uma discussão no ano passado sobre isso e o conselho avaliou que essa não era a melhor alternativa. Não é uma questão da minha opinião pessoal, eu sou presidente [do Conselho Universitário] e sempre uso as decisões colegiadas", afirmou.
Ele disse, no entanto, estar acompanhando a situação dos hospitais universitários no Brasil. "Essa é uma questão dinâmica que estamos observando". Akel também citou uma parceria com a Prefeitura de Curitiba para restabelecer o serviço.
*Retirado do Jornal Metro Curitiba - edição de 31/10/2013, p. 2
Tem muitas pessoas que se classificaram nos últimos concursos. Podiam chamar. Já que repor pessoal aposentado, afastado e falecido é liberado.
ResponderExcluirO certo seria o Governo Federal ter uma empresa responsável pela gestão das Universidade Federais por completo e, não apenas dos Hospitais . Seria o fim do corporativismo docente, os professores seriam obrigados a permanecer um horário fixo á disposição para receberem alunos. lembro que em determinada ocasião eu e mais dois alunos fomos a sala de um Professor Doutor "que pensava ser Deus" e ele nos disse retornem às .... horas. Bom, na hora combinada com o "aspirante a golpe de estado no Céu " chegamos lá.Para nosso espanto com a falta de respeito o protegido concursado estatutário havia ido embora . Se fosse um CLT tenho certeza que seria bem diferente....
ResponderExcluirCom certeza você que não gosta de um concursado estatutário é porque nunca teve competência para ser um deles.
ExcluirNem todos são iguais.