segunda-feira, 28 de abril de 2014

Senado aprova perdão de R$ 2 bilhões aos planos de saúde



O Senado aprovou, na terça-feira da última semana (15/04), a Medida Provisória nº 627/13, que determina a anistia de R$ 2 bilhões aos planos de saúde. O montante, estimado pelo Ministério da Saúde, refere-se a multas aplicadas aos planos pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A MP prevê a drástica redução no valor das multas às operadoras de planos de saúde que se neguem a realizar procedimentos. Além da diminuição do valor, a medida reduz também o número de procedimentos pelos quais elas podem ser multadas. De um máximo de 50, para somente 2. Na prática, a MP acaba com o poder de fiscalização da ANS.

Como o Senado não acrescentou ou retirou emendas do texto, a matéria segue direto para o gabinete da presidente, que tem até 15 dias, a contar da aprovação no Senado, para vetar ou sancionar a MP. Segundo reportagem do Uol, originalmente, a matéria tratava apenas da tributação dos lucros obtidos por empresas brasileiras no exterior. No entanto, enquanto tramitou na Câmara dos Deputados, o texto recebeu uma série de emendas que versam sobre temas estranhos ao assunto original. Na Câmara, o relator foi o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com o Uol, a presidente já sinalizou que pretende vetar a emenda que trata do perdão aos planos de saúde, que se referem ao não cumprimento dos contratos com os clientes e variam de R$ 5 mil a R$ 1 milhão, segundo o colunista da Folha de S. Paulo Elio Gaspari.

A MP 627/13 estabelece um teto para o pagamento das infrações. O plano autuado de 2 a 50 vezes com multas da mesma natureza, para apenas duas; o que recebeu de 50 a 100 autuações, pagará quatro multas; acima de mil multas, serão cobradas apenas 20 multas. Por exemplo: um plano que recebeu cem multas de R$ 50 mil pagará R$ 200 mil, em vez de R$ 5 milhões. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados pelo Uol, os planos de saúde doaram R$ 12 milhões para campanhas de 157 candidatos, filiados a 19 partidos diferentes, nas eleições de 2010. No pleito de 2006, as doações alcançaram R$ 7,1 milhões.

Várias entidades já se manifestaram contrárias à MP, entre elas a Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (Assetans) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). No último dia 11 de abril, o CFM emitiu uma nota solicitando ao Senado a derrubada de emenda à MP 627/13, referente ao perdão da dívida às operadoras de planos de saúde. Segundo a entidade, a anistia beneficia somente as empresas de saúde suplementar, privilegiando o lucro das operadoras em detrimento à assistência de mais de 50 milhões de brasileiros que tem planos de saúde. O montante passível de perdão seria útil, inclusive, para sanar problemas de hospitais e postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Para o CFM, a MP facilita ainda a ocorrência de abusos que prejudicam pacientes, familiares e profissionais encarregados do atendimento, visto que a medida limita o número de multas a serem pagas pelas operadoras. “No caso de sua manutenção pelos senadores, solicita-se o veto integral da presidência da República ao item, o qual pode representar um perdão às dívidas das operadoras de planos de saúde, num montante estimado de R$ 2 bilhões”, acrescenta a entidade na nota. 

- Com informações do Tribuna Classista, Uol e CFM

*Retirado do ANDES-SN

Um comentário:

  1. pois quando”””realmente”””-querem os políticos homens não ficam só nos tais textos falas discursos inflamados eles vão e fazem mas”””realmente”””acontecer como a tal bilionária anualmente”””pec dos vereadores”””-perdoar-dar-facilitar-bilhões e bilhões dos já bilionários donos de planos de saúde-clubes-de=futebol-empresas-entidades-religiosas-ong’s-e ou para os tais ditadores corruptos assassinos torturadores latinos africanos-fora as bilionárias anualmente atualizações salariais benefícios de todos os políticos do brasil todo etc tudo em efeito cascata dominó e como as bilionárias anualmente criações de novos estados municípios –fora as tais-bilionárias-obras faraônicas sultonezas aqui no brasil e ou lá no exterior então aí não existem nenhum tipo de estudo análises etc de”””impactos-orçamentários”””=”””responsabilidades-fiscais”””-etc-mas agora quando é algo á favor de qualquer um tipo de categoria profissional profissão acs aces samu psf saúde educação segurança etc-aí tudo mas tudo mesmo acaba se tornando impossível-tudo então tem-impactos-orçamentários-responsabilidades-fiscais-etc-e tudo acaba demorando então décadas séculos etc

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