Terça, 01 de Julho de 2014
A Ebserh não representa a saúde e a educação pública no Brasil!
Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, da qual o CFESS é integrante, vai ao STF solicitar audiência pública sobre a empresa
Grupo se reuniu na Procuradoria-geral da República, antes de ir ao STF (foto: Diogo Adjuto) |
Para quem não se lembra, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi criada pela Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011, dias depois de a 14ª Conferência Nacional de Saúde deliberar contra os novos modelos de gestão privatistas, inclusive contra a empresa. A partir daí, a Ebserh foi imposta pelo governo federal como única alternativa para administrar os Hospitais Universitários (HUs) em todo o país.
Entretanto, movimentos em defesa da Saúde pública, universal, de qualidade e gratuita, como a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, da qual o CFESS faz parte, têm criticado a implantação da Ebserh, afirmando que a empresa representa uma séria ameaça à Educação e à Saúde públicas, já que propõe um modelo de gestão hospitalar que segue uma lógica mercantil, pois permite a exploração de atividade econômica nos HUs e acaba com o Regime Jurídico Único, pois os contratos dos/as empregados/as da empresa são regidos apenas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Até o momento, dos 47 hospitais universitários vinculados às 33 universidades federais, 23 assinaram contrato com a Ebserh. A maioria desses contratos foi assinada por reitores/as das universidades, com explícita rejeição da comunidade universitária e sob pressão do governo federal. A Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, a partir dos problemas evidenciados nos hospitais já geridos pela empresa, elaborou o "Relatório Analítico das Irregularidades e dos Prejuízos à Sociedade, aos Trabalhadores e ao Erário, causados pela Ebserh".
Foi nesse sentido, que a Frente teve audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, na última quarta-feira (25 de junho), em Brasília/DF. Dias Toffoli é o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4.895/2013, que questiona a lei que criou a Ebserh. Esta ADI foi formulada pelo então Procurador-geral da República, após representação à PGR feita pelo ANDES, FASUBRA, FENASPS e Frente Nacional. Antes, porém, o movimento se reuniu com o Subprocurador-geral da República, Dr. Humberto Jacques, e com o coordenador de relações institucionais da Procuradoria-geral da República (PGR), Dr. Peterson de Paula.
Foi nesse sentido, que a Frente teve audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, na última quarta-feira (25 de junho), em Brasília/DF. Dias Toffoli é o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4.895/2013, que questiona a lei que criou a Ebserh. Esta ADI foi formulada pelo então Procurador-geral da República, após representação à PGR feita pelo ANDES, FASUBRA, FENASPS e Frente Nacional. Antes, porém, o movimento se reuniu com o Subprocurador-geral da República, Dr. Humberto Jacques, e com o coordenador de relações institucionais da Procuradoria-geral da República (PGR), Dr. Peterson de Paula.
O objetivo da audiência foi de entregar ao magistrado do Supremo o referido Relatório Analítico, com dois anexos – Relatório da Auditoria realizada pelo DENASUS/MS no Hospital Universitário da UFPI e Dossiê sobre a situação do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco – e solicitar a realização de uma audiência pública sobre a Ebserh e o breve julgamento da ADI 4895/2013 no tribunal. Também, foi entregue um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, contra a implantação da Ebserh em todo o Brasil, e um manifesto contra a empresa, com assinaturas de centenas de entidades.
“Nosso intuito é ampliar o debate com a sociedade e os movimentos e entidades defensoras da Saúde e da Educação pública no país, de modo a tornar públicos os prejuízos que essa implantação vem trazendo aos Hospitais Universitários brasileiros”, destaca a assistente social e representante da Frente Nacional, Maria Valéria Costa Correia. Ao final, o ministro se dispôs a fazer a articulação para realização da audiência, processo que será acompanhado pela Frente e pelo CFESS.
*Retirado do CFESS
vivemos em uma democracia. Se tem quer não quer, também há os que querem e são muitos.
ResponderExcluirA EBSERH foi a melhor coisa que já aconteceu a saúde nacional, a empresa encontrou nesses hospitais um cenário de total abandono, leitos desativados, funcionários desmotivados e SEM VÍNCULO ALGUM COM A UNIÃO, os HU's eram os filhos que ninguém queria assumir, aplaudo em pé a iniciativa dos idealizadores da EBSERH.
ResponderExcluirIsso mesmo.
ExcluirEBSERH a população carente do Brasil agradece muito essa iniciativa.
Quem é contra a Ebserh é somente quem quer continuar recebendo sem trabalhar...fato comprovado nos hospitais universitários, descaso dos profissionais já existentes.
ResponderExcluirvcs assima não tem noção do que estão falando!!!!!!!!!!!!!!
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