A ENSP/FIOCRUZ publicou matéria sobre o nosso V Seminário Nacional, que será realizado na semana que vem, dias 27, 28 e 29 de Março de 2015.
Segue a matéria:
Publicada em
Vivemos
tempos de turbulência. Ainda que seja cedo para um diagnóstico mais
preciso, é possível dizer que o Brasil passa, hoje, por uma das maiores
crises políticas desde a sua redemocratização. As mais variadas vozes
tomam as ruas e redes sociais. A Saúde, como de costume, é bandeira
tanto dos que defendem como dos que atacam o atual governo.
Para as
entidades e grupos que lutam pelo amplo direito à uma saúde pública de
qualidade para a população brasileira, na ordem do dia estão as
discussões sobre o aumento de dispositivos legais para atuação do setor
privado no Sistema Único de Saúde. Um exemplo mais patente foi a
aprovação, em dezembro, no Congresso Nacional, da Medida Provisória n.º 656, que altera a Lei Orgânica da Saúde, a LOS nº 8.080,
de 1990, e autoriza a abertura ao capital estrangeiro na oferta de
serviços de saúde.
É diante desse cenário que a Frente Nacional Contra a
Privatização da Saúde realiza, nos dias 27, 28 e 29 de março, seu V
Seminário. O evento, que no primeiro dia será na Escola Politécnica em
Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e nos dois últimos, na UERJ,
conta com a coordenação de pesquisadores da ENSP, professores de
universidades brasileiras e estrangeiras e integrantes de movimentos
sociais.
A mesa de abertura, na sexta-feira, dia
27, discutirá a crise atual do capitalismo na contemporaneidade e suas
determinações sobre a saúde dos trabalhadores. Sob a coordenação do
pesquisador da ENSP Ary Miranda, estarão presentes pesquisadores da
Universidade Andina Simón Bolivar, do Equador, do Instituto de Filosofia
de Cuba, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de
Lisboa, entre outros. A segunda mesa da tarde, que é coordenada pelo
também pesquisador da ENSP Eduardo Stotz, discutirá as estratégias dos
movimentos sociais para fazer frente ao processo de mercantilização da
saúde.
No sábado, a mesa “Crise do Capital e Contrarreforma na Saúde” debaterá
as políticas de saúde em meio à crise do capital e as estratégias
adotadas pelas classes dominantes para manter em curso a contrarreforma
na saúde. No mesmo dia, o papel dos movimentos sociais no combate a esse
processo voltará à mesa de discussões.
No domingo, Jaime Breilh, da
Universidade Andina Simón Bolivar, do Equador, vai falar sobre a
determinação social do processo saúde e doença e as resistências à
mercantilização da vida. A partir das dez da manhã, os grupos de
trabalho debaterão temas como controle social, a 15ª Conferência Nacional de Saúde, ambiente e luta no campo, saúde mental, gênero e sexualidade.
Mais informações estão disponíveis na página do evento, no Facebook.
*Retirado do ENSP
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