|
Fonte: http://sintespe.org.br/ |
Infelizmente, mais uma vez o governo, o sistema e o capital perseguem politicamente a ativista indígena Monica Cristina Lima. Dentre outros movimentos, também é ativista do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro e Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. Combatente como é, não é de surpreender que esteja mais uma vez sendo retaliada, por motivos escusos, travestidos de uma suposta legalidade. Apesar de não ser de surpreender, não torna o fato menos lamentável.
O mais importante e admirável é o que fica: apesar de todas as injúrias e perjúrios, Monica Lima não recua e nem de longe tem as suas convicções abaladas! Ela que é uma das nossas mais fortes lutadoras, mas de uma humildade sem fim, reafirma seus passos sempre que o sistema e o capital investem sobre ela.
Pedimos a colaboração com o abaixo-assinado, CLIQUE AQUI para acessar.
Saiba mais sobre os fatos em questão:
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro - SEEDUC : movimente, já, Mônica Lima às suas escolas prisionais
Até outubro de 2014, a professora de Biologia e indígena da etnia Manaú, do tronco Arawak, Mônica Lima, lecionava para presos nos presídios do Complexo Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, como servidora concursada da DIESP (Diretoria Especial de Unidades Escolares Prisionais e Socioeducativas), uma regional da SEEDUC (Secretaria de Estado de Educação).
Mônica é conhecida por sua luta em defesa da Aldeia Maracanã e foi vítima de violência policial inúmeras vezes, inclusive nas duas ocasiões em 2013 que indígenas foram covardemente despejados do edifício do antigo Museu do Índio, ao lado do Maracanã, por conta da Copa do Mundo. Além disso, Mônica é presença certa nos protestos que agitam a cidade desde junho de 2013 e, como educadora, apóia com combatividade o movimento em defesa da educação.
Em setembro de 2014, a SEAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) entrou com pedido de afastamento da professora na SEEDUC/DIESP, que prontamente acatou a decisão e afastou Mônica de suas atividades em 08 de Outubro de 2014. Mônica tentou copiar o documento da SEAP para entender o motivo do seu afastamento, imputado antes mesmo de atestada a legalidade do mérito. No entanto, todos os pedidos foram negados, pois segundo a SEEDUC/DIESP o documento era “sigiloso”.
Procuradas por jornalistas para explicar o afastamento da educadora à época, SEEDUC e SEAP disseram que Mônica “colocou em risco, por atos e procedimentos, o sistema de segurança da Unidade Prisional”, mas não disseram especificamente como e até hoje não há materialidade e provas para esta acusação.
O processo no âmbito jurídico sobre o afastamento de Mônica das escolas prisionais, recentemente foi movimentado para o Supremo Tribunal Federal em Brasília, após perdas nas primeira e segunda instâncias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mesmo sendo bem fundamentado pelo departamento jurídico do SEPE (Sindicato dos Profissionais de Educação/RJ) que faz a defesa da professora.
Além do afastamento, ameaça de exoneração, perseguições e assédios sofridos, Mônica também foi ameaçada por um suposto policial que lhe apontou uma arma, tentou lhe agredir e a seguiu no dia 24 de julho de 2014, fato este que moveu o Centro de Etnoconhecimento Sociocultural e Ambiental Caiuré (CESAC) a entrar com pedido de proteção à Secretaria de Direitos Humanos pelas ameaças sofridas por Mônica no presídio, não concluído por não existir ainda um programa específico no Rio de Janeiro.