Com o avanço da COVID-19, o racismo estrutural ficou ainda mais evidente no nosso país. A população negra, que é historicamente a mais afetada pelas contrarreformas, pelas medidas de austeridade e pelas políticas de repressão e de extermínio do Estado, representa também a parcela da população mais afetada com a entrada da pandemia nas periferias. Estes lugares, cuja população em sua maioria é negra, são comumente abandonados pelas políticas públicas e são os/as primeiros/as a sentirem o avanço genocida do Estado. A população negra continua sendo superexplorada e submetida à intensa violência. O racismo, que vai além da questão cultural, não é apenas um aspecto de herança da escravidão que permaneceu. É, sobretudo, um fenômeno estruturante da lógica capitalista, e precisa ser combatido em todas as suas formas, sob uma perspectiva e ações revolucionárias.
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